REFLEXÃO - Soube da morte de nosso senhor Jesus Cristo?

Para mim, essa descoberta se deu, quando iniciei ainda um adolescente, minha caminhada no evangelho e mais tarde com meus estudos eclesiásticos onde aprendi que a mensagem da cruz, não era apenas de cara um pregado nela. Nem está na crença de que o mestre sempre tinha estado ali, ou que cruz e Jesus fossem uma coisa só, um e outro até rimavam. No entanto percebi que para muitas cruzes que olhava, elas estavam vazias. Outras, porém, mostravam um Cristo pregado na cruz, de braços abertos, exibindo a cabeça de um prego em cada palma de mão e com semblante de derrotado. Naquela época, a inocência do adolescente, entristecia-me de vê-lo magro, triste, com sangue escorrendo dos espinhos que lhe rasgavam a testa. O que não me parecia um filho de Deus. Mais tarde, aprendi que aquele Senhor na cruz, era um só e que as dessemelhanças que eu notara em seu rosto era, em verdade, capricho da interpretação do artista, ou quando não, era mera falta de habilidade do artesão. Dizem que foi numa sexta-feira que os caras deram uma surra no mestre, fizeram-no caminhar pelas ruas carregando nas costas uma cruz que lhe pregariam nas costas, uma cruz que não era dele. Seu dono oficial era Barrabás, bem maior e mais forte que o mestre, por essa razão, sua agonia foi ainda maior. Cuspiram nele, xingaram sua mãe e, ao pôr do sol, penduraram seu corpo esquálido no madeiro. Viveu como um homem e como um homem morreu. Nasceu em Belém, na Palestina, morreu como hoje morrem os palestinos a infância apagada, a juventude incerta; a morte cruel, sempre presente, no passado e no futuro, os mesmos inimigos. A Semana Santa é uma das celebrações mais significativas para os cristãos, unindo-os ao redor do mundo em homenagens, orações, meditações e retiros. Cada dia da Semana Santa possui um significado. Essa semana representa uma jornada litúrgica que conta os momentos finais da vida de Jesus Cristo, culminando em sua ressurreição. Nesta jornada, cada dia carrega um significado profundo sobre os mistérios da fé, a contemplar o sacrifício de Jesus e a renovar a esperança na promessa da vida eterna. A Sexta-feira Santa, também chamada de Sexta-feira da Paixão, é o dia em que os cristãos recordam a crucificação e morte de Jesus Cristo. É um dia de luto, jejum e abstinência, dedicado à reflexão sobre o sacrifício de Jesus pela humanidade. Sábado Santo, também conhecido como Sábado de Aleluia, é o dia entre a crucificação de Jesus na Sexta-feira Santa e sua ressurreição no Domingo de Páscoa. Neste sábado, os cristãos são convidados à oração e reflexão, meditando sobre o sofrimento de Cristo e aguardando com esperança a sua ressurreição. A Igreja permanece em vigília, preparando-se para a grande celebração da Vigília Pascal, que se inicia na noite de sábado e culmina com o anúncio da ressurreição de Cristo. É um dia de silêncio e espera, representando o tempo em que Jesus permaneceu no túmulo. Neste período, alguns historiadores dizem que Jesus foi ao inferno, anunciando sua vitória. O Domingo da Ressurreição, também conhecido como Domingo de Páscoa, é o dia mais importante do calendário cristão. Ele celebra a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, marcando sua vitória sobre a morte e o pecado, e a promessa de vida eterna para todos os que creem nele. Neste domingo as igrejas são decoradas com flores e luzes, simbolizando a nova vida. As celebrações são marcadas por cantos alegres e mensagens de esperança. A ressurreição é o fundamento da fé cristã, represeno a esperança da vida eterna e a promessa de um novo começo. Que o sacrifício feito por Jesus durante seu julgamento ilegal, sua condenação arbitraria e sua execução sem culpa, possam estar em nossa memoria, não apenas nessa semana chamada ''Santa'', mais em todos os dia de nossa vida.
Por Adão Carvalho - Editor Chefe e Bacharel em Teologia