OLIMPÍADA DE PARIS - Que venham os pódios

27/07/2024

A cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris, ocorre hoje (26) às 14 horas horário de Brasília, entretanto muitas competições já estão ocorrendo ao longo desta semana.A delegação brasileira pode marcar feitos históricos nesta edição. O país vem de duas Olimpíadas perfeitas, com o recorde de medalhas em 2016 sendo superado em 2021 e pode pela terceira vez consecutiva , fazer a melhor marca da história. Individualmente, Rebeca Andrade e Isaquias Queiroz podem se tornar os atletas com mais medalhas do Brasil em mais de 100 anos de participações. No Termômetro Olímpico: Teremos recorde de medalhas em Paris 2024? O Brasil está no caminho certo para conseguir atingir o recorde histórico de medalhas somando ouro, prata e bronze em uma mesma edição. A melhor marca, até o momento, é dos Jogos de Tóquio, realizados em 2021, com 21. A projeção do Termômetro Olímpico é que o país atinja 22 pódios e supere essa marca. Guilherme Costa faz a projeção de medalhas do Brasil para Paris 2024, se o recorde de medalhas no total está encaminhado, a melhor marca da história no número de ouros está um pouco mais distante. Nos Jogos da Rio 2016 e em Tóquio 2021, foram sete títulos olímpicos. A projeção do Termômetro Olímpico é que venham cinco ouros. É um recorde que não é provável que caia, mas também não é impossível que aconteça. O Brasil tem chances de título em diversas modalidades e, com três boas surpresas, esse recorde pode ser atingido. A 12ª posição obtida nas Olimpíadas de Tóquio é a melhor colocação da história do país no quadro geral de medalhas. Na época, com a campanha de 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes, a delegação superou os resultados do Rio de Janeiro (7-6-6) e a 13ª posição da ocasião. É mais uma marca que não é improvável que possa cair, embora não seja facill. Na geografia olímpica, China e Estados Unidos devem brigar pela primeira posição do quadro, e Japão, França e Grã Bretanha disputam a terceira posição. Alemanha, Holanda, Itália e Austrália vêm na sequência, brigando entre 6º e 9º lugares. Essas nove nações são pouco provaveis de serem batidas pelo Brasil. Na sequência, o Brasil começa a entrar na briga, ao lado principalmente de Coreia do Sul e Hungria (mais fortes que o Brasil atualmente, mas como números não tão distantes), Espanha, Canadá e Nova Zelândia. Na última edição das Olimpíadas, 13 modalidades foram ao pódio pelo Brasil: atletismo, boxe, canoagem, futebol, ginástica artística, judô, skate, surfe, vôlei, natação, águas abertas, tênis e vela. Há boas chances de o Brasil superar essa marca. O país é favorito ao pódio em 12 modalidades, mas tem um grande leque de chances reais em outros esportes. É um recorde que tem boas chances de cair. Outra marca que deve ser superada e o número de medalhas conquistadas por mulheres. Nos Jogos de Tóquio, foram nove medalhas com elas. A projeção do Termômetro Olímpico é que 15 pódios sejam conquistados entre as mulheres. O número de atletas mulheres na competição já é algo histórico, no total de atletas 153 mulheres e 122 homens. Os maiores atletas da história do Brasil em número de medalhas, com cinco cada um, são os velejadores Robert Scheidt (dois ouros, duas pratas e um bronze) e Torben Grael (dois ouros, uma prata e dois bronzes). A dupla já não compete mais. Este ano, Rebeca Andrade é favorita a pelo menos quatro medalhas na ginástica artística e, somando com os dois pódios que ela conquistou em Tóquio 2021, pode chegar a seis. Assim, teria o recorde de medalhas de um atleta entre homens e mulheres do país em uma edição (quatro) e também o recorde absoluto com seis no total. Isaquias Queiroz já é o recordista de medalhas em uma única edição três conquistadas na Rio 2016. O campeão olímpico de Tóquio tem quatro no total e vai ter duas chances de pódio nos Jogos de Paris. Uma bem clara, na qual é favorito até ao ouro: o C1 1000m (canoa individual masculina). A outra chance é mais remota, no C2 500m, ao lado de Jacky Godman. Se conseguir os dois pódios, chegará a seis e se tornará o maior atleta da história. E, claro, essa marca depende também do desempenho de Rebeca Andrade. Nenhum atleta brasileiro tem três medalhas de ouro no currículo, feito atingido apenas pelo técnico José Roberto Guimarães. O Brasil tem 15 atletas bicampeões olímpicos, e três deles tentam o tri em Paris: a dupla de vela Martine Grael e Kahena Kunze, ouro em 2016 e 2021 na classe 49erFX, e a jogadora de vôlei Thaísa, campeã em 2008 e 2012. Tanto as velejadoras quanto a seleção de vôlei são favoritas ao pódio. Há chances do feito acontecer, mas o favoritismo delas não é para o título. Em busca da medalha inédita: Brasil tem chances de subir no pódio com a ginástica rítmica em Paris, nas Olimpíadas de 1984, o Brasil viu três esportes que jamais tinham conquistado medalhas chegarem ao pódio: judô, vôlei e futebol. É, até o momento, a edição em que o país teve mais modalidades estreantes laureadas. Para os Jogos de Paris, o tiro com arco deve ir ao pódio pela primeira vez, já que tem Marcus D´Almeida como favorito a uma medalha. Canoagem slalom (Ana Sátila e Pepê Gonçalves), ginástica rítmica (com o conjunto), tênis de mesa (com Hugo Calderano) e esgrima (com Nathalie Moelhousen) têm boas chances de atingir o feito. Correndo por fora estão triatlo (Miguel Hidalgo), ginástica de trampolim (Camilla Lopes) e wrestling (Giulia Penalber). Em uma Olimpíada, não é só a medalha que importa. Muitas vezes uma final inédita ou uma posição entre os oito primeiros colocados é muito comemorada. Por isso, um número legal de focar é ultrapassar os 75 "top 8" que o Brasil atingiu nos Jogos da Rio 2016. Foram alcançadas 75 "finais" na soma de todas as modalidades. É um número difícil de atingir, foram 52 em Tóquio 2021. A projeção para Paris é cerca de 65 finais. Ate o dia 11 de agosto o Brasil ainda vai torcer muito por seus atletas e que venham os pódios