NÃO É O BRASIL - Sem Justiça eleitoral governo americano faz distribuição de cheques para campanha de conservador para a Suprema Corte estadual

O bilionário Elon Musk distribuiu, no domingo (30), cheques de um milhão de dólares para dois eleitores em Wisconsin e prometeu varios pagamentos menores a outros que ajudassem a eleger um candidato conservador para a Suprema Corte estadual em uma eleição muito disputada. O CEO da Tesla, um dos principais conselheiros do presidente dos EUA, Donald Trump, entregou cheques em um comício em Green Bay, tentando gerar entusiasmo para uma eleição que já é a corrida judicial mais cara da história dos EUA. Musk afirmou que também pagaria US$ 20 para cada eleitor recrutado por seus apoiadores nos próximos dois dias. Ele disse que estava gastando o dinheiro para chamar atenção para a disputa, na qual a liberal Susan Crawford parece estar à frente do conservador Brad Schimel. "Estamos, de fato, em sério risco de perder a eleição", disse ele. "Precisamos tirar um coelho da cartola." A eleição de 1º de abril definirá a orientação ideológica da Suprema Corte estadual, que avaliará questões como direitos ao aborto, direitos trabalhistas e possivelmente regras eleitorais. Apesar de tecnicamente não partidária, a disputa é vista como um primeiro teste para Trump em um estado politicamente competitivo. Musk alertou que a corte poderia redesenhar os distritos legislativos de forma a fazer com que os republicanos de Trump percam cadeiras na Câmara dos Representantes dos EUA. "Acho que isso será importante para o futuro da civilização. É algo realmente significativo", disse Musk. Até a semana passada, grupos ligados a Musk haviam gasto pelo menos US$ 17,5 milhões para apoiar Schimel, segundo o Brennan Center for Justice da Universidade de Nova York mais de um quinto dos US$ 81 milhões gastos no total na corrida. O sorteio de US$ 1 milhão de Musk lembra suas táticas na eleição presidencial de 2024, quando distribuiu cheques para eleitores que assinavam petições em apoio a causas conservadoras. O procurador-geral de Wisconsin, o democrata Josh Kaul, entrou com uma ação para bloquear a distribuição do dinheiro, mas a Suprema Corte estadual decidiu permitir, de acordo com o Washington Post. Musk gastou mais de US$ 250 milhões para ajudar a eleger Trump no ano passado, muito mais do que qualquer outro indivíduo, e sua aparição em Wisconsin demonstra sua disposição de influenciar disputas eleitorais menores. Trump delegou a Musk a supervisão de um esforço sem precedentes para reduzir o governo federal, o que resultou no fechamento efetivo de várias agências e na demissão de dezenas de milhares de funcionários.
Direto da redação. Agência Reuters