IMPOSSÍVEL - Audiência pública com ministra da Cultura deve virar palco político e como tentar tirar o melhor dos piores

Durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) condenou o que chamou de "lógica perversa" no tratamento dado às denúncias que têm sido direcionadas à ministra da Cultura, Margareth Menezes. Segundo o parlamentar, setores políticos estariam tentando distorcer o propósito de uma audiência pública marcada para o dia 16 de abril, quando a ministra comparecerá à comissão para apresentar os resultados das ações do Ministério da Cultura em 2024 e as diretrizes para esse ano de 2025. A audiência foi requerida pelo próprio deputado, mas, de acordo com ele, há uma tentativa de transformar o encontro em um instrumento de ataque político (o que se esperaria da pior Câmara Federal das últimas décadas). "Primeiro se mente, depois se dá ampla repercussão à mentira. E, enquanto a verdade tenta emergir, ela é abafada pelo barulho artificial criado em torno da falsidade", afirmou Jerry. Para ele, o cenário atual é de "guerra permanente entre a verdade e a mentira, alimentada por essa cultura terrível das fake news". As críticas de Márcio Jerry surgem após a publicação de uma reportagem que sugere favorecimento a grupos culturais com vínculos anteriores com a ministra Margareth Menezes. O Ministério da Cultura, no entanto, esclareceu que a titular da pasta não participa das decisões sobre os projetos contemplados pela Lei Rouanet e que todos os processos seguem critérios técnicos definidos em regulamento. O deputado reforçou que a audiência da próxima semana será uma oportunidade de restabelecer a verdade diante das informações distorcidas que circulam nas redes e na imprensa. "Ela virá a esta comissão e esclarecerá, de forma clara e transparente, todos os pontos levantados. Com isso, restabeleceremos a verdade inclusive sobre questões que já foram, em parte, esclarecidas", disse. Para Jerry, as acusações infundadas são sintomas de uma estratégia política que utiliza a desinformação como arma. E concluiu: "Não se constrói política com mentira". É como querer o melhor dos piores