Brasilia de olho em Juiz de Fora

Os candidatos às eleições de 2020 têm agora menos de 35 dias para tomarem suas decisões quanto às legendas pelas quais disputarão as cadeiras nos dois poderes dos municípios, câmaras municipais e prefeituras. Nesta época dos anos eleitorais anteriores víamos e ouvíamos que todas as decisões tomadas pertenciam quase que na totalidade aos três partidos que dominaram o cenário políticos, PMDB, agora MDB, PSDB e PT. Os demais eram pecinhas coadjuvantes que se vendiam naquelas manobras insanas e das coligações proporcionais. O quadro sucessório começa a ficar bem claro. Bem claro também é, e permanecerá a extinção total do MDB e PSDB. É quase que impossível os dois gigantes de outrora consigam eleger sequer um vereador. O PT se mantém robusto e poderá ser o único partido em condições de eleger três vereadores. Pela primeira vez o PT de Margarida Salomão, lançará o número máximo de candidatos à Câmara Municipal. Mas o acirramento em andamento dos pré-candidatos a prefeitura está por conta das disputas pelos apoios dos três partidos que mais dominam a política nacional em todas as esferas. O PODEMOS de Álvaro Dias e Kátia Abreu, o DEM de Rodrigo Maia e Rodrigo Pacheco, Alcolumbre, o PSD de Carlos Vianna e Alfredo Cotait Neto. Há quem diga e reafirme que o DEM está fechado com o empresário Wilson da Rezato [PSB] com o deputado federal Júlio Delgado sendo o mentor das costuras em Brasília. No entanto há muitos que confirmem ser isto jactâncias. O PODEMOS de Álvaro Dias ainda em aberto, tendo por certeza apenas que não fecha apoio com o PSL da Deputada Delegada Sheila. O PSD de Carlos Vianna quer selar compromissos com quem pense com ele sua candidatura ao governo de Minas na sucessão do fracassado Romeu Zema. Margarida Salomão que tem a candidatura mais genuína não faz parte de tudo exposto, ficará ela e o PT de Juiz de Fora sob a orientação do ex-presidente Lula que quer fazer maior número de prefeitos e vereadores possível, logo então, Margarida empenhará mais no campo de apoio dos partidos da esquerda, quando muito de centro. O PDT é o partido tipo mula sem cabeça, está atualmente no campo de apoio do empresário Wilson da Rezato enquanto estiver sob a tutela do vereador Cido Reis, que pretende jogar a toalha na disputa com o prefeito Antônio Almas que logo deixa o PSDB. O prefeito Antônio Almas usa de sua amizade com o presidente estadual em Minas, Deputado Mario Heringer. Antônio Almas é candidato a reeleição, mesmo tendo mais de 80% de rejeição popular. É um candidato para 4 mil votos. Basta lembrar que já perdeu apoio do Republicanos esta semana. O fato é que na Brasília, onde residem as executivas nacionais de vários partidos, senão todos, a maioria dos líderes partidários estão de olho em Juiz de Fora e em seu colégio eleitoral. Juiz de Fora provoca influência eleitoral em mais de 100 cidades num público de mais de 2 milhões de pessoas. Por esta e outras razões que o ex-presidente Lula virá à cidade para fazer campanha para Margarida Salomão. Razões iguais que fazem o presidente Bolsonaro pedir atenção especial. Razões também para acender o sinal amarelo dos senadores Carlos Viana e Rodrigo Pacheco que pretendem o governo do estado. Ainda que não nos sintamos satisfeitos com a mudança que será marco, primeira vez em uso, do fundo eleitoral e do fim das coligações proporcionais, haveremos crer que houve avanço. O grande "negócio" quis o Congresso Nacional nos fazer crer, é dar mais "lisura" ao processo eleitoral terminando com as grandes distorções ou tornando mais equânime possível as disputas. O uso do Fundo Eleitoral, praticado com dinheiro do contribuinte, donde também quis o Congresso Nacional, nos fazer crer que assim acabaríamos com as relações prostituídas das grandes corporações empresariais com membros do congresso, onde perpetuavam no poder velhos e corruptos donos de legendas e formação de clãs. Com a proibição dos repasses bilionários por partes das grandes empresas, veem-se os partidos obrigados arrumar outras estratégias. Não é qualquer povo do mundo que conceba o assalto ao tesouro nacional, tirando dinheiro da saúde, educação, ciência e pesquisas para dá-lo aos partidos, por isso há quem chame o Fundo Eleitoral, de FURTO ELEITORAL. Muitos são os partidos magoados por não receber parte destas montas, criarão discursos moralistas para que o povo não vote em partidos que façam uso do FURTO ELEITORAL. Não podemos esquecer que o pivô da contenda entre o PSL de Luciano Bivar com o presidente Bolsonaro que queria toma-lo por assalto, foram os fundos PARTIDÁRIO e ELEITORAL. Depois disto, o presidente começou a maldizer de quem tem por direito votado no Congresso Nacional fazer uso deste aparelho. Ele faz agora apelo hipócrita para não votar nos partidos que usarão o fundo, visto que partido Aliança pelo Brasil, não poderá fazer o mesmo.
Colaborador. Jornalista Roberto Desidério RCWTV-JF